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A IA já está substituindo e deixando até os animais "sem trabalho" em Hollywood

Por  • Editado por Melissa Cruz Cossetti |  • 

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Divulgação/Globo/The Morning Show
Divulgação/Globo/The Morning Show

A inteligência artificial foi "longe demais"? Agora, até os animais de Hollywood estão sentindo o impacto da revolução tecnológica. Por décadas, cães, gatos, cavalos e até aves fizeram parte de produções, mas essa era parece estar chegando ao fim. Com o avanço de ferramentas de IA, os estúdios passaram a recriar performances animais digitalmente, dispensando a presença de bichos reais no set.

Segundo The Hollywood Reporter, o número de produções que contratam animais caiu drasticamente desde a pandemia e as greves de 2023, que já haviam abalado o setor. Hoje, a redução chega a cerca de 60%, de acordo com treinadores e donos de agências especializadas.

A treinadora Benay Karp, por exemplo, afirmou ao site que até seus cães e gatos estão "sem trabalho". O cão Rocco, que atuou em séries como The Morning Show e Veronica Mars, agora se limita a pequenos comerciais.

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Debate ético: bem-estar animal versus autenticidade

Defensores do uso da IA argumentam que a tecnologia pode significar o fim do sofrimento de animais usados em entretenimento. A organização PETA (People for the Ethical Treatment of Animals) elogia a substituição, afirmando que é uma forma de “usar a IA para o bem”, eliminando práticas potencialmente cruéis e o estresse dos sets.

Por outro lado, treinadores e profissionais do ramo lamentam a perda da “autenticidade emocional” que apenas um animal real consegue transmitir. 

Substituição já chegou no Brasil

No Brasil, o uso de inteligência artificial também começou a transformar a forma de representar animais na teledramaturgia. Na novela Êta Mundo Melhor!, da TV Globo, a IA foi utilizada para animar o burro Policarpo, um dos personagens centrais da trama. A tecnologia permite expressões faciais e gestos mais realistas, dispensando o uso intensivo de animais em cena.

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Além de dar vida a Policarpo, a IA também foi empregada para recriar a São Paulo das décadas de 1940 e 1950, misturando elementos reais e digitais de maneira fluida. Segundo a emissora, o uso dessas ferramentas aumenta a eficiência e amplia as possibilidades criativas da equipe, tornando o resultado mais imersivo e impactante.

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Fonte: The Hollywood Reporter, Globo, Futurism