A Xiaomi Smart Band 10 chegou como a sucessora de uma das pulseiras inteligentes mais populares do mercado. A cada geração, a marca faz ajustes pontuais em design, tela e recursos de monitoramento.
Mas será que a nova versão realmente traz novidades que justificam o upgrade? Eu testei a Mi Band 10 nos últimos dias e conto agora se ela vale a pena.
A Xiaomi Smart Band 10 mantém praticamente a mesma identidade visual da série, com formato de "pílula". As mudanças são bem sutis e, visualmente, você pode até confundir com a geração anterior.
O que mudou foi a tela, que agora é ligeiramente maior, com 1,72 polegada — um crescimento bem modesto em relação aos 1,62 polegada da antecessora. A tecnologia AMOLED continua lá, mas agora com resolução de 212 x 520 pixels e brilho de até 1500 nits. Assim, ela também está mais clara para visualização externa.
O acabamento continua em alumínio e é bem leve, com apenas 15,9 granas sem a pulseira. Assim, dá para usar tranquilamente durante a noite sem sentir incômodo no pulso. A resistência à água também se mantém em 5 ATM.
Continua após a publicidade
A pulseira de silicone que vem no kit oferece o mesmo conforto de sempre, e ela ainda é compatível com os braceletes extras das gerações anteriores, o que é um ponto positivo para quem já tem alguns acessórios.
A tela com 1500 nits realmente faz diferença no dia a dia, e permite visualizar tudo perfeitamente mesmo sob sol forte, algo que já era bom na Mi Band 9, mas agora ficou ainda melhor.
— Bruno Bertonzin
Acompanhamento físico e saúde
A Mi Band 10 mantém o mesmo conjunto de sensores da antecessora, incluindo acelerômetro de 3 eixos, giroscópio, sensor óptico de frequência cardíaca e oxímetro. O monitoramento continua preciso, mas me incomodou o fato de ela não identificar automaticamente as caminhadas, por exemplo, apesar de ela ter esse suporte.
Continua após a publicidade
Ainda assim, ela conta com mais de 150 modos esportivos disponíveis, desde modalidades aquáticas até terrestres e indoor. Como esperado, ela não tem GPS integrado, então você ainda precisa levar o celular junto para manter os dados de trajeto salvos no app.
Para acompanhamento de saúde, ela traz as mesmas funcionalidades: monitor cardíaco e oxímetro contínuos, monitoramento de estresse e análise completa do sono.
Uma novidade interessante é o modo de "pontuação de vitalidade", que oferece uma nota de 0 a 100 baseada nos seus dados de saúde ao longo de 7 dias. É uma forma mais visual de entender como anda sua condição física geral.
Continua após a publicidade
Sistema e aplicativo
O app oficial é o Mi Fitness, disponível tanto para Android quanto iOS. A interface ganhou algumas melhorias com a chegada do HyperOS 2.0, que promete operação mais fluida, mas as mudanças são bem sutis no dia a dia.
O que incomoda é a quantidade “limitada” de watchfaces. Limitada entre aspas porque são mais de cem opções disponíveis no app Mi Fitness. Mas, antes, era possível personalizar melhor a aparência dos relógios e até colocar imagens próprias, algo que foi descontinuado nas últimas gerações.
Continua após a publicidade
Assim como a geração anterior, ela não permite tocar músicas diretamente do aparelho, mas funciona bem como controle remoto para o os apps de streaming no smartphone. Também não tem NFC, então pagamentos por aproximação continuam indisponíveis na versão comercializada no Brasil.
Bateria e carregamento
A bateria de 233mAh promete até 21 dias de autonomia, praticamente a mesma duração da Mi Band 9. O carregamento continua sendo magnético com carregador proprietário, e leva aproximadamente 1 hora para completar a carga.
Na prática, dá para esperar pelo menos duas semanas de uso normal, considerando monitoramento contínuo de saúde e algumas notificações ativas. Para quem usa a pulseira de forma mais básica, é possível chegar próximo dos 21 dias prometidos pela marca.
Continua após a publicidade
Aqui, eu usei por quatro dias e o consumo foi de apenas 20% durante esse período.
Concorrentes diretos
A principal concorrente continua sendo aSamsung Galaxy Fit 3, que oferece tela maior e design mais tradicional de relógio. A autonomia da Samsung fica em torno de 13 dias, bem abaixo da Mi Band 10, mas as funcionalidades são maiores.
Outra alternativa é aHuawei Band 10, com visual similar à Galaxy Fit 3 e bateria para até 14 dias. Ambas as concorrentes oferecem funcionalidades parecidas.
Continua após a publicidade
Assim, a escolha fica mais por conta da preferência por design: se quer algo mais discreto, a Mi Band é imbatível, mas se quer uma tela maior, que permite ver mais conteúdos, as opções da Huawei e Samsung atendem melhor.
Confira o preço de cada modelo:
Mi Band 10: R$ 600;
Galaxy Fit 3: R$ 250;
Huawei Band 10: R$ 350.
Continua após a publicidade
A bateria continua sendo um dos pontos mais fortes da Mi Band, e ter uma pulseira que dura vários dias certamente é um atrativo para quem não quer se preocupar em ficar sem bateria durante os exercícios.
— Bruno Bertonzin
1 / 12
Xiaomi Smart Band 10
Gabriel Furlan Batista/Canaltech
Vale a pena comprar a Xiaomi Smart Band 10?
A Mi Band 10 vale a pena, mas tem algumas considerações importantes para se chegar a essa conclusão.
Continua após a publicidade
A primeira é que ela é uma evolução muito tímida em relação à Mi Band 9. As melhorias existem, mas são mudanças quase imperceptíveis no uso diário. Assim, se você já tem uma Mi Band 8 ou 9 funcionando bem, não faz sentido fazer o upgrade agora.
Já se você não tem uma ainda e quer comprar, faz mais sentido optar pelo modelo mais recente, porém dentro da faixa de preço correta. Ela custa R$ 600, valor bem acima das principais concorrentes. Assim, se ela chegar a uma faixa de R$ 350, começa a fazer mais sentido para quem procura uma smartband discreta e bem funcional.